quinta-feira, agosto 18, 2005

California -> Brasil

Rio -> NY -> Maryland -> Colorado -> California -> Rio

Última parada da minha viagem, tava ficando sem roupas limpas pra usar, voltei a me preocupar com esses assuntos de trabalho... Só mesmo a Maria pra me animar! Pra não fazer mais um post longo, vou resumir minha viagem a uma partezinha da Califórnia em uma lista (eu adoro listas!) dos melhores momentos:

  1. Sonoma Valley - viagenzinha de um dia a uma das regiões de vinhos da Califórnia, com direito a degustação... O lugar é lindo!
  2. Centro de São Francisco e Chinatown - tinha uma galeria vendendo Picassos e Mirós... eu fiquei boba! Chinatown mais legal que eu já visitei!
  3. Restaurante japonês. Hmmm tinha uma salada de algas deliciosa!
  4. Chás e pães feitos na casa da Maria. Eu ainda vou ter uma máquina de fazer pães!
  5. Visita a Stanford. Dos 15 aos 20 e poucos anos, eu tinha certeza que ia fazer doutorado... Stanford tava na lista das universidades preferidas...

sábado, agosto 06, 2005

O Casamento

Voltando láaaa pro meio da minha viagem, onde eu parei de escrever no meu blog... esse casamento quaker-judaico definitivamente mereceu um post =)

Meu primo Flavio, judeu, brasileiro-americano, casou com a Jess, quaker, americana, familia morando em Boulder-Colorado. E o mais legal é que o casamento conseguiu ser quaker E judaico!

A parte quaker: Algum de voces deve lembrar de Antes do Amanhecer (ou Antes do Por do Sol), que num certo momento o Ethan Hawke fala de um casamento Quaker! É exatamente o que ele falou, e é lindo! Vou descrever o deles!
Parece que nas cerimonias quaker em geral não tem um pastor nem nada assim. As pessoas sentam em circulo, e ficam em uma "contemplação silenciosa", que é interrompida de tempos em tempos por qualquer pessoa que se sinta movida por Deus a falar. No casamento, os noivos sentam durante um tempo (40 minutos, no caso do Flavio e da Jess) olhando um para o outro, e eles próprios se casam. Não tem um pastor, e os convidados são testemunhas do casamento. Durante aquele tempo, qualquer pessoa que se sinta inspirada deve levantar e falar. E as pessoas falam coisas lindas! Dava pra perceber como todos desejavam muito bem ao casal! Teve até uma senhora que puxou uma música =) Eu falei alguma coisa, depois de uns cinco minutos tentando controlar a minha taquicardia. Não consegui falar muito, porque fiquei nervosa e esqueci da metade do que eu queria falar... Mas foi legal participar.
Muito, muito, muito emocionante! Eu sinceramente gostaria de ter um casamento desses!

Vamos agora ao casamento judaico! Pelo o que eu entendi, ele tem umas três partes: 1)as sete bençãos, que foram feitas por amigos e família (inclusive eu e a Fernanda!) 2)uma promessa entre os noivos, e 3)um contrato chamado Ketubá. Também não precisa de rabino, porque as cerimônias judaicas são legítimas se tiverem um miniam (10 judeus), e lá certamente tinha. O contrato que eles leram lá me pareceu bem diferente do que eu já tinha ouvido, mas pra melhor. Ah, eles tavam numa chupá o tempo inteiro.
Teve tudo o que manda a tradição: quebra do copo, Hava Naguila, dança de roda, levantaram os noivos na cadeira... Um casamento judaico nunca ia ser completo sem isso ;)

Eu já sei que alguns de vocês foram lá ler o blog da Leslie... então já souberam da 1a dança! Quando os noivos chegaram da pista, começaram uma dança lenta e pouco tempo depois o som começou a falhar... eles ficaram se olhando surpresos, olharam pro DJ com cara de "o que tá acontecendo?", até que começou a tocar um rock antigo, ou um swing e os dois começaram a dançar loucamente! Não é fofo! Eles dançam super bem!

Bom, só faltou falar do lugar, no meio das montanhas rochosas, com uma vista linda de morrer e salão com cara de Alpes Suíços. Perfeito. Nós dançamos até o final da festa (infelizmente, terminou um pouco cedo), e eu ouvi americanos falando que iam convidar sempre uns brasileiros pra animar as festas!

Aqui eu aproveito pra fazer um coro com a minha tia Lu: pena que todos os meus primos dos Estados Unidos já estejam casados! Com certeza vale a viagem!

[Em breve: um pouco de São Francisco!]